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Brasília
Dos desafios mais importantes (e decisivos) para o futuro governo federal é resolver à questão da elevada carga tributária e da absurda taxa de juros que tem servido como freio para o desenvolvimento de nossa economia, além de ser uma perversa forma de transferir renda.
Não podemos negar os profundos avanços conquistados pelo atual governo da era Lula. A opção pela social democracia, dando uma guinada nos postulados do PT tradicional, que tinha como fundamento idiológico o socialismo comunista, deu a este governo, visibilidade mundial, com os avanços no campo social. Foram, segundo dados oficiais, mas de 25 milhões de pessoas que deixaram a linha de pobreza absoluta (àqueles que recebem menos de U$ 100,00 por mês em termos de renda familiar média), e mais de 30 milhões avançaram para a classe C, representando a neo-classe média brasileira. Tanto os que sairam da linha de probreza absoluta, quanto àqueles que ingressaram na Classe C, passaram a consumir mais, obrigando as empresas a produzirem mais, gerando mais empregos, renda e impostos, que aplicados no campo social, reintroduziram o processo, num ciclo virtuoso. Mas daí cabe a pergunta: Se isto é verdade, porque não conseguimos crescer (o PIB) na proporção dos novos investimentos, no campo social? Comparativamente, entre as décadas de 40 e 70, o Brasil cresceu a uma taxa média anual de 10%!!! Hoje, não crescemos mais do que 3 ou 3,5% aa. Qual o segredo??? O problema reside no freio, representado pela excessiva carga tributária brasileira e pela elevada taxa de juros da nossa economia. O Brasil tem a maior taxa de juros real do Mundo, hoje de 10,75% aa. Não há setor da economia que gere resultados (lucros) líquidos iguais a esta taxa de juros oferecida pelo mercado financeiro. Só para se ter uma idéia comparativa, a zona do Euro (16 países) mantiveram neste mês de Outubro (e apesar de toda a crise na Europa) a taxa em 1% aa. A Inglaterra manteve em 0,5% aa, como forma de incentivar o consumo e, com isso reativar a combalida economia. Já os EUA mantem a taxa de juros entre 0% e 0,25% aa. Nestes dados apresentados, comprovamos as afirmativas realizadas. O Brasil não crescerá com esta taxa de juros, já que há um incentivo confeso de acumulação de capitais e recursos no mercado financeiro, para que a União possa financiar seu déficit público, que já ultrapassa 1,5 trilhão de reais. Verifique meu leitor, que além de propiciar recursos para a União financiar o déficit, a versão oficial é que esta é a melhor forma de manter a inflação de demanda, sob controle. Será??? A dívida interna que foi herdada pelo Presidente Lula, foi de 800 bilhões de reais. A dívida pública interna, de 1994 a 1999, pulou de 20,7% do PIB para 40%. Hoje é superior a 1,5 trilhões de reais, e se projeta para o final de 2010, um valor de 1,75 trilhões, tendo aumentado mais de 94% nos oito anos de governo. A dívida interna tem três origens: as despesas do governo no atendimento de suas funções típicas, quais sejam, os gastos com saúde, educação, segurança, investimentos diversos em infraestrutura, etc.. Quando esses gastos são maiores que a arrecadação tributária, o que é recorrente no Brasil, cria-se um déficit operacional que, como acontece em qualquer empresa ou família, terá que ser coberto por empréstimos, os quais o governo toma junto aos bancos, já que está proibido, constitucionalmente, de emitir dinheiro para cobrir déficits fiscais, como era feito no passado. A segunda origem são os gastos com os juros da dívida. Sendo esses muito elevados no Brasil, paga-se um montante muito alto com juros e os que não são pagos é capitalizado, aumentando ainda mais o montante da dívida. A terceira causa decorre da política monetária e cambial do governo: para atrair capitais externos ou mesmo para vender os títulos da dívida pública, o governo paga altas taxas de juros, bem maior do que a paga no exterior, e com isso o giro da dívida também fica muito alto. Por outro lado, o segundo motivo para freiar nosso crescimento, é a elevada carga tributária nacional. Além de elevada, muito mal distribuida. Dados da Receita Federal mostram que no ano passado a União arrecadou R$ 470,87 bilhões nos diversos impostos sob sua administração provenientes da atividade econômica nos estados e municípios. Desse valor, foram “devolvidos” R$ 109,4 bilhões, pouco mais de 20%, para as outras duas esferas de governos por meio do Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Por esses critérios, o Acre e seus municípios, por exemplo, receberam mais de cinco vezes o que arrecadaram para o governo federal em impostos. Ou seja, somando-se a cota parte do FPE e do FPM, colocaram no caixa R$ 1,6 bilhão, enquanto contribuíram com receitas de R$ 236 milhões. No outro extremo, o Estado de São Paulo e suas cidades ficaram com R$ 10 bilhões, dos mais de R$ 200 bilhões que amealharam em impostos federais em 2009, cerca de 5%. Prado lembra que os estados mais ricos se beneficiam do seu mercado interno, da sua produção. “Por isso, o governo federal tira mais dinheiro deles do que devolve.” O IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário fez um estudo muito detalhado afirmando que o brasileiro trabalha cerca de 148 dias por ano para pagar impostos. Outro dado também importante é que dos 72,3 anos de expectativa de vida que tem o brasileiro, pelos menos 29,29 de sua vida ele trabalha para pagar aquilo que chamamos de uma “troca” justa. Dos paises mencionados em estudo pela Pricewaterhouse, dos 178, o Brasil está em 178º, com ampla vantagem da Turquia e de Camarões seus concorrentes mais diretos. O fato é que no Brasil se gasta mais de 2.600 horas por ano para que as empresas cumpram com suas obrigações tributárias. A Turquia está em 2.040 horas por ano e Camarões com aproximadamente 1.400 horas. Poucos são os países que ultrapassam às 1.000 horas. A carga tributária no Brasil antes de Lula, era de 25% do PIB. Hoje ultrapassa os 35%. Além disso, temos uma carga tributária injusta, não progressiva. Um assalariado paga mais impostos (proporcionalmente) do que um empresário, ou um profissional com salários elevados. Isto porque o nosso sistema tributário incide sobre a produção e o consumo e não sobre a renda e o patrimônio. Recriar a CPMF para financiar a Saúde Pública, antes de tratar destes assuntos preliminarmente, parece-me um deboche para com a população. Está certo que a grande maioria da sociedade não tem informações neste nível, mas a imprensa precisa assumir este encargo de esclarecer para mostrar o absurdo que está para ser cometido. Falar em criar tributo para a Saúde quando União e Estados não cumprem a sua responsabilidade Constituicional, prevista inclusive na Emenda 29, não é tratar o assunto com seriedade. A sede do Estado por tributos é insaciável. Precisamos ter poder de indignação e protestar beementemente contra isto. Como dizia um amigo recentementemente: "Não me importa tanto quem rouba, quem comete corrupção, quem segue o descaminho, como me preocupa o silêncio dos bons e dos justos". Luís Genaro
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Com a vitória em dois turnos da presidente eleita pelo povo brasileiro, a Sra Dilma Russeff enfrentará o duro desafio de liderar uma das maiores potências econômicas (a 8a) do Mundo. Não é um desafio fácil. Não é uma tarefa para despreparados. O Brasil, apesar de inúmeros problemas de investimentos, infra estrutura, diversidade e desigualdade social, têm avançado nestes últimos 16 anos e se transformou num país emergente, e se coloca ao lado da China, Índia e Rússia, como um dos países a se candidatarem a líderes económicos do Mundo, principalmente com o claro declínio eonômico da Europa e da outrora super potência americana.
A Europa vive dias difíceis. Depois de um crescimento muito intenso na era pós Euro, foi colhida pelo tsunami da crise econômica mundial de setembro de 2008, iniciada pelos papéis hipotecários podres dos EUA e da insolvência dos devedores, trazendo uma onda de quebradeira nas instituições financeiras americanas e, por efeito dominó, atingindo toda a economia mundial. A Europa teve que freiar o seu já pobre crescimento do PIB. Recolheu-se, parou de investir, aumentou os juros, impostos, aumentou o desemprego, degladiou-se com as imigrações, enfim, de um problema meramente financeiro, passou a enfrentar forte crise econômica. Com o desemprego, a pressão da sociedade por serviços públicos, a queda na arrecadação (pela retração econômica), a baixa taxa de crescimento demográfico, afetou a já desequilibrada equação previdenciária, aumentando o déficit público. Assim, países como a França, a Grécia, a Espanha, Portugal, Inglaterra, etc; se vêm com conturbações sociais frente a medidas duras que estão sendo tomadas e que terão que ser aprofundadas para buscar um equilíbrio fiscal. Nos EUA a situação não é muito diferente. A economia americana não conseguiu se equilibrar, até hoje, depois da grave crise de 2008. A eleição do presidente Barack Obama representou para os americanos uma esperança de mudança, com promessas de equilíbrio fiscal, aumento de investimentos sociais, reestruturação econômica e financeira. Como até hoje não conseguiu grande parte de seus intentos, há uma espécie de frustração da sociedade americana, refletida recentemente nas eleições americanas, onde o povo deu uma vitória majoritária à oposição Republicana. O presidente Obama terá que negociar, e muito, se quiser ver implementadas suas ideias sobre o futuro da América do Tio Sam. Apesar de estarmos, no Brasil, noutro diapasão, temos enormes problemas a enfrentar nos próximos anos, os quais poderão comprometer nosso crescimento. As reformas política, fiscal, previdenciária, da educação básica, trabalhista e do funcionalismo público estão a esperar do governo brasileiro uma ação concreta. O presidente Lula, como já disse em outro artigo, perdeu uma oportunidade única de mexer nos alicerces da sociedade brasileira. Tinha suficiente apoio popular e parlamentar para isso (mais de 80%), mas não quis arriscar. Ficou na cômoda posição de passar para a história como um dos presidentes mais populares do Brasil, mas que não deixou uma marca indelével (como fez, por exemplo, Getúlio Vargas). A Presidente Dilma terá este desafio. Se poderá (ou quererá) enfrentá-los será outra coisa. Desejo apenas que não fique na mesmisse de uma propaganda agressiva (como ocorreu na era Lula) de obras indispensáveis (que seriam realizadas da mesma forma por qualquer governo) nos dando a impressão que o Brasil está inserido num canteiro de obras (o que não é verdade). Propiciar as reformas de base são uma exigência do País e a presidente será cobrada por isso. Precisamos lembrar, em definitivo, que se bem 55 milhões de pessoas votaram no projeto da continuidade representado pelo programa da Dilma, outros 44 milhões (pouco menos da metade dos votantes) disseram NÃO à continuidade. Com isso a população está dividida, e vai cobrar as reformas necessárias. A Dilma não arranca com 80% de popularidade. Nem perto. Vai depender de como montar seu governo, negociar com o Congresso e se sair na primeira crise que enfrentar e tiver que mediar interesses tão diferentes e difusos representados por grupos que sempre estiveram em torno do poder. Estaremos vigilantes!!! Luís Genaro Como meus leitores devem ter notado, tenho tentado me manter um pouco à margem de todo este processo eleitoral. Não é fugir ao debate, nem covardia frente aos ataques que temos sofrido àqueles que, por loucura ou convicção, escolheram remar contra a corrente. Não é também uma posição de auto estima elevada (eu estou certo e os outros errados). Não penso assim e quem me conhece sabe disso. Também não é falta de argumentos contra àqueles que tem a certeza religiosa de que o caminho mais correto para o País e escolher a continuidade... (eu falei continuidade???), com a eleição da ex-guerrilheira e mãe-de-aluguel do PAC, a Sra. Dilma Russeff.
É tédio mesmo. É desilusão. É me afastar dos fatos, da realidade, para tentar ver uma outra visão da problemática. É não insistir na mesma (e desgastada) tecla, do despreparo, da falta de estatura política, da falsa personalidade construída num castelo de cartas, da marionete manipulada nas cordas do pai-mor, que representa a candidata do PT à Presidência da República. Dizem que as palavras são pedras, mas o silêncio é ouro. Pois bem, usei do silêncio para observar, me aprofundar na análise, mudar de eixo de avaliação, buscar uma razão compreensível para que um país do tamanho do Brasil, com o potencial que têm, com as inteligências que conduzem o destino de nossa terra, estejam catatônicos frente a esta avalanche vermelha. E qual a conclusão desta auto reclusão??? É a certeza que o país não vai permitir este retrocesso. Já nos aventuramos algumas vezes na história e deu no que deu. Foi assim com o Jânio Quadros com sua "Vassoura", que renunciou sem maiores motivos e explicações. Foi assim com Fernando Collor, um desconhecido auto-proclamado "Caçador de Marajás" que renunciou também, para evitar um "impeachement" (e não conseguindo seu intento) em função de irregularidades. A história mostra. Não se pode brincar com o destino do País. Político para exercer o maior cargo do País tem que ser experiente. Tem que saber navegar nas turbulências políticas dos interesses múltiplos que representam os diversos grupos que integram nossa complexa sociedade. Não precisa ser um Gerente. Tem que ser um LÍDER!!!! Tem que ser um ESTADISTA!!!!. Qual o currículo apresentado pela Sra. Dilma??? Ter sido Secretária Municipal, Secretária de Estado e Ministra??? Ou ser a mais maleável, com menos asperezas para se submeter a vontade do Comandante em Chefe do Partidão??? É isso o que queremos??? É para isso que lutamos para reestabelecer a Democracia??? Esse é nosso destino??? Converso com pessoas na rua (eu faço isso). Recebo e mails de leitores, e a grande maioria me diz: "Vou votar nela porque o Lula vai estar por trás". Como assim??? O Lula vai continuar governando nas sombras??? E nos admitimos isso com naturalidade??? Não seria mais fácil ter rasgado a Constituição e ter permitido mais um mandato ao Lula (ou tantos quantos fossem necessários)do que admitir que continuará comandando o País como uma eminência parda??? Pois bem. A não eleição da Dilma no primeiro turno, como todos acreditavam, e apostavam, foi um duro golpe à "nomenklatura" e um recado dado pelos eleitores nas urnas. O eleitor, numa clara de demonstração de maturidade democrática, disse: "Quero ver mais!!!!". O povo decidiu que a Dilma e o Serra devem se debater num duelo de programas, propostas e projetos. Saber quem está mais preparado para comandar o futuro do País. O povo se demonstrou desconfiado com a "platificação" feita na Dilma. Não foram apenas as denúncias que surgiram no último minuto do segundo tempo, em relação ao caso Erenice e as declarações sobre o aborto. Não é isso. É desconfiança. Está tudo muito certinho, alinhado, correto, redondo, "plastificado". Já comeram aqueles bolinhos de supermercado. Bonitos, embalagem ótima, parece uma delícia, mas o gosto é ruim??? Pois é esse o sentimento!!!!. "Quero ver mais!!!!" é o recado. Mas esta mascara está caindo. Está sendo descortinada a verdadeira personalidade desta senhora que (por direito Constitucional) se aventurou a ser a primeira mulher a ascender à Presidência da República, com pouquíssimas credenciais. Merecíamos mais!!!! Eu não me enganei. Venho fazendo críticas desde o ano passado, quando havia ainda uma proposta de ser a Sra Dilma a candidata "natural" do PT à sucessão Presidencial. Tenho falado sobre a falta de capacidade política da candidata, da ausência de experiência em situações limites como deverá passar no comando do País. Disse que tinha um discurso "oco", com muita informação e pouco conteúdo, inflado. Falei sobre o passado escuro da candidata, enquanto militante armada da esquerda nos anos de chumbo. Falei sobre as reclamações de seus pares, enquanto Ministra, com relação ao tratamento interpessoal. Falei da traição partidária, contra o PDT, quando trocou de sigla (para o PT) para se manter como Secretária de Minas e Energias do Estado do RS, mesmo com a quebra da coligação. Etc. Mas como disse, as máscaras estão caindo. Quem assistiu os debates do primeiro turno e especialmente o que ocorreu ontem na BAND, pelo segundo turno, e o fez com um mínimo de isenção, viu o despreparo da candidata. Neste último debate, partindo para o ataque, saindo do "script" dos marqueteiros e do Lula, foi lamentável. É uma pequena mostra do que virá. Inteligente este nosso povo. Espero que continue sendo!!!! Luís Genaro A turma do Serra está fazendo uma força tremenda para perder a eleição. Primeiro, com a confusão com relação à indicação do vice da chapa. Depois, com a indicação deste ilustre desconhecido (Índio da Costa) que foi empurrado goelha abaixo do Serra pelo DEM. Deu no que deu!!! Não é com declarações deste porte que se fará frente ao rolo compressor que se transformou Lula e o PT (secundando pela candidata lapidada Dilma Russeff).
Aliás o PSDB tem se caracterizado por errar a mão. Foi pífeo na oposição durante os 08 anos do Governo Lula. Não conseguiu emplacar nenhuma das CPI´s que se destinavam a investigar a mega-fraude do Mensalão. Não fosse o Ministério Público, teria passado em brancas nuvens. Sofreu de paralisia e ficou catatônico frente ao crescimento do Lula nas pesquisas de opinião, flanando sobre o PSDB, lépido e faceiro. Agora, vê o crescimento nas pesquisas da ex-guerrilheira Dilma Russeff rumo ao Palácio do Planalto, passando por cima inclusive da Lei Eleitoral (usando a máquina pública para sua promoção) e o PSDB, com brigas intestinais, assiste sem reação. Vocês acham que atacar o PT, dizendo que tem ligações com as FARCS, fará alguma diferença para quem recebe Bolsa Família??? É irrelevante se há ou não ligação com as FARCS (lembremos que o PT gaúcho convidou o comandante das FARCS para participar de Forum Social Mundial alguns anos atras). Perguntem para os moradores das comunidades que são dominadas pelo Narcotráfico se teriam vontade de se livrar dos traficantes??? É público e notório que os traficantes ajudam as comunidades e contam, assim, com seu beneplácito e cobertura. Não é por ai. A ação tem que ser outra!!! Educação, Saúde e Trabalho, é disso que nosso povo precisa, e nisso que os candidatos deveriam se preocupar. Convenhamos Senhores!!!! Luís Genaro Os Institutos de Pesquisas Eleitorais definitivamente não se entendem. Lógico que pesquisa é uma fotografia estanque e momentânea de uma tendência de opinião. Os resultados podem se modificar no tempo, em relação à seleção da amostra ou na mudança do comportamento dos pesquisados por fatores externos, como por exemplo uma denúncia grave contra um dos candidatos, declarações de candidatos que desagradem o eleitor, etc.
Agora, não é compreensível, como Institutos com o conceito que têm a Datafolha e a Vox Populi, venham à tempos divergindo nos resultados de forma tão evidente. Aqueles que acreditam na eterna teoria da conspiração (quase sempre os que estão atrás nos resultados das pesquisas) dizem que as pesquisas, mas do que encomendadas, são dirigidas, compradas. Não acredito nisso. Mas deverá haver uma explicação razoável em relação a pesquisas que se apresentam com cunho de científicas, mas que apresentam resultados preocupantemente divergentes entre sí. Se são científicas, se o que se busca e a mesma informação (ou seja a intenção de voto nos mesmos candidatos), se a margem de erro calculada é a mesma, se a amostra tenta demonstrar a intenção de voto de TODA a população, como temos resultados diferentes??? Sou de opinião que as pesquisas na verdade, indiretamente, INDUZEM os votos, principalmente, dos indecisos. Fora àqueles que tem opinião formada (principalmente em relação à rejeição de um ou outro candidato que não votariam de jeito algum), e os militantes dos partidos, os demais poderão flutuar na intenção de voto entre um ou outro candidato, dependendo de onde o mesmo se encontre em relação ao resultado das pesquisas. O ser humano, por excelência, não gosta de perder. Quer sentir-se parte de um processo vitorioso, não quer sentir a frustração da derrota. Somos assim, e as pesquisas nos ajudam a diminuir esta sensação do imprevisível. Queremos ter domínio sobre nossas emoções e nada melhor do que ter condições de prever o futuro e modificarmos nosso comportamento para não sermos colhidos por mais uma frustração. Daí minha conclusão sobre a INDUÇÃO que existe nas pesquisas eleitorais. Nesta nova rodada de pesquisas, publicadas entre ontem e hoje, os Institutos Datafolha e Voz Populi apresentaram novos resultados divergentes, senão vejamos: Segundo a DataFolha José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) continuam empatados na corrida presidencial, conforme divulgado hoje pelo Datafolha. O tucano está com 37% contra 36% de Dilma. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de julho, com 10.905 entrevistas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, o que demonstra um empate técnico entre os dois candidatos, na terceira semana oficial de campanha. Como dado positivo para o tucano, aponta-se o fato de que um terço dos eleitores que aprovam o governo Lula, votam em Serra. Na última pesquisa realizada pelo Datafolha, de 30 de junho e 1º de julho, Serra havia registrado 39%, contra 37% de Dilma. Marina Silva (PV) tinha 9% e agora foi a 10%. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) pontuou pela primeira vez nesta eleição, marcando 1%. A opção brancos/nulos/nenhum somam 4%, enquanto 7% não sabem. Zé Maria (PSTU) também tem 1%. Outros quatro candidatos de partidos pequenos que concorrem a presidente foram incluídos na pesquisa, mas não atingiram 1%. Já no levantamento da Vox Populi, a candidata petista aparece com 41% contra 33% de Serra e 8% de Marina Silva. Os demais candidatos somaram 1%, segundo a Bandeirantes contratante da sondagem. Trata-se da primeira pesquisa Vox Populi após o início da campanha, em 6 de julho. Desde a abertura oficial, os candidatos intensificaram as viagens pelo Brasil.A amostragem foi de 3.000 entrevistas e a margem de erro de 5%. No cenário de segundo turno, Dilma venceria Serra por 46% a 38%. Na pesquisa anterior, ela também estava na frente no segundo turno, mas a diferença era menor: Dilma com 44% e o tucano com 40%. O instituto também avaliou a rejeição. Na pesquisa, 24% dos entrevistados responderam que não votariam em Serra de forma alguma. Marina tem 20% de rejeição e Dilma, 17%. Luís Genaro Tenho por norma não escrever sobre o que não conheço. Os assuntos por mim assinados são fruto de meu conhecimento ou de estudos que faço para que o tema abordado seja suficientemente baseado numa concepção real ou pelo menos em opinião com fundamento e sustentável.
Sei que vou tocar num assunto polêmico, que ha decêndios vêm dividindo a opinião pública em dois blocos: Os que veneram o Mito e os que o odeiam por ser um criminoso em série, do quilate de Hitler, Stalin ou outros facínoras que a humanidade conheceu. Estou me referindo á figura emblemática do "Che" Guevara. Desde minha infância, a figura lendária do Che vêm me acompanhando. Quando adolecente, nas camisetas com sua imagem estampada, com a rebeldia que é peculiar a um jovem (em meio a uma furiosa ditadura), com as palavras de ordem ("el pueblo unido jamas será vencido"), com as frases emblemáticas como "hay que ser duro sin perder la ternura jamás", com as ideias de um mundo melhor baseado na "justiça social" e no "socialismo" como remédio para o "imperalismo odioso" representado pelo capitalismo americano e seus aliados, etc. Mas, como acontecera noutras oportunidades, a morte do homem (Ernesto Guevara) deu lugar ao mito "El Che" venerado pelas esquerdas arcaicas até hoje e, principalmente, pelos inberbes que cultuam a "imagem do mito" sem conhecer com profundidade a verdade do homem. Pois bem, nesta semana, por felizes coincidências, daquelas que acredito estão estruturadas numa outra dimensão de nosso conhecimento (algma coisa como destino ou predeterminismo das coisas), tive em mãos dois documentários sobre "El Che" que me levaram a ler a sua biografia, assistir um filme Argentino/Americano ("Fidel & Che - La História de dos Mitos"), ler uma extensa reportagem publicada pela revista Veja em outubro de 2007 (por ocasião dos 40 anos de seu falecimento nas selvas Bolivianas), pesadas críticas da esquerda brasileira a respeito da reportagem assinada por algumas figuras ilustres, homenagens prestadas no Senado Brasileiro recentemente, bem como um livro do Percival Puggina ("Cuba - A Tragédia da Utopia"). De todo este estudo, principalmente dos documentários, aflorou uma figura do "Che" que não conhecia ou que não tinha me fixado em analisar: Um aventureiro mercenário, frio, assassino sanguinário, traidor e impiedoso. Para que minha análise fosse imparcial procurei assitir os dois lados da moeda, representados pelos dois documentários a que me referi anteriormente: A versão oficial de cuba em "Che Guevara - Como nunca jamás se lo imaginan", onde é apresentado como um herói e um mártir; e a versão de um documentário também cubano, da resistência contra a revolução de um tal de "Instituto de la Memória Histórica Cubana Contra el Totalitarismo", documentário este intitulado "Che Guevara - Anatomía de Un Mito", com depoimentos de pessoas que participaram da revolução diretamente (revolucionários que ocuparam altos mandos), empresários, profissionais liberais e algozes que tiveram alguma relação com o "Che". A figura que salta destes relatos é, como já disse, um criminoso, impiedoso, frio, calculista, covarde e sanguinário, que tinha prazer de matar em nome da "revolución", sem direito a defesa aos que porventura, tivessem estado do lado errado da revolução, ou que tivesse contrariado algum interesse do "Che" mesmo tendo lutado a favor da mesma. São impressionantes os relatos. São aterradores. Mais aterrador ainda é pensar que faz 50 anos este regime oprime os Cubanos e que nem o afastamento de Fidel Castro resultou em solução para a liberãção deste povo das garras do totalitarismo-comunista-arcaico. O que me é mais aterrador confesso, é que ainda existam pessoas influentes no Brasil que cultuam Cuba como sendo algum modelo a ser seguido. De duas uma, ou não conhecem a história da Revolução, ou compactuam com os horrores da mesma. Assim meus jovens, pensem bem quando usarem camisetas com a estampa do "Che". Não a estarão usando contra o imperialismo que representa os EUA, estarão usando a imagem de um criminoso que não respeitava a natureza humana. Acuado quando de sua participação em discurso na ONU em 1964 sobre a verdade em relação às torturas e aos fuzilamentos, disse textualmente: "Fusilamientos si, hemos fusilado; fusilamos y seguiremos fusilando mientras sea necesário. Nuestra lucha es una lucha a muerte". Luís Genaro É inacreditável que o nosso povo continue em estado catatônico frente ao Governo Lula e, principalmente, sobre a sua despreparada candidata à presidência, a ex-guerrilheira Dilma Roussef. Mês a mês, independentemente das barbaridades que aconteçam, os níveis de popularidade sobem para o Lula. Foi assim no mensalão. Foi assim em todas as denúncias de irregularidades que desmantelou todo o primeiro escalão do governo Lula. So sobrou ele!!!
Não tenho dúvidas que a imposição do nome da Dilma foi um tabefe na cara do PT. O recado claro do Lula é "Aqui mando eu!!!!" mais ou menos como se quiser impor o candidato Carareco, este será o candidato e pronto. Nem tinha iniciado a campanha eleitoral e a candidata já fazia estrepolias, próprias de quem está COMPLETAMENTE despreparada para o ofício. Foi multada por campanha prévia, foi acusada (sua coordenação) de fazer dossiês contra adversários e agora, de apresentar um monstrengo de programa de governo que previa, entre outros, taxação de grandes fortunas, combate ao "monopólio da mídia" e realização de audiência prévia para reintegração de terras invadidas por sem-terra. Bastou haver uma gritaria com relação ao programa e, na maior cara de pau, mandou trocar o documento que disse não ter lido e nem assinado. "Não sei de nada, não vi nada". Acho que já ouvi essa desculpa antes. Ainda saiu-se com a seguinte pérola: "Rubrica não é assinatura". Querendo justificar o erro, atirou em direção ao adversário, mas não conseguiu dar em exemplo dos "erros" cometidos por ele. Profundamente lamentável. Espero que o povo acorde a tempo de não consolidar esta catástrofe. Luís Genaro Já comentei, em vários artigos, a questão relativa à candidatura da ex-guerrilheira e mãe de aluguel do PAC, a Sra Dilma Russeff. Ainda quando poucas vozes se ouviam à respeito desta candidatura (que era mera conjetura), avaliava que a ex-ministra não tinha estatura de estadista para ser Presidente do Brasil. E continuo achando a mesma coisa!!!
Qual a experiência desta Senhora??? Nunca foi candidata a nada, nem a sindica. Tem um passado ainda mal explicado, com passagem num grupo guerrilheiro que tinham como objetivo, não a implantação (ou reimplantação) da democracia, e sim na instituição do comunismo "a la" Cuba. Muitos dos integrantes destes grupos guerrilheiros, tinham profundas ligações com a "revolucion cubana" tendo sido treinados em guerrilha urbana e rural pelo país de Fidel. Praticaram, em nome de seus obscuros objetivos, todo tipo de arbitrariedade: Assaltos, roubos, sequestros, etc. Foram amnistiados por uma Lei que é absurda, pois não eram crimes de guerra (como pretendiam) eram crimes contra pessoas e contra o patrimônio particular e do Estado. Segundo o que circula na Internet (não sei se é verdade) a Sra Dilma foi condenada nos EUA e não pode viajar para este País sob pena de ser presa. Se isto for verdadeiro, quem representará o Brasil nas reuniões que um estadista brasileiro terá de participar em terras do Tio Sam??? Mais: comparar Lula com Dilma é um exercício impossível de fazer. O Lula foi (pasmem) de direita, antes de ser converter ao sindicalismo. Isso é contado em sua biografia no Livro "Lula, o Filho do Brasil" da autora Denise Paraná. Posteriormente, no sindicalismo, teve seu auge como negociador, sempre sendo um moderador. Como Deputado Federal foi pífio. Praticamente não apresentou nenhum projeto para o Brasil. Nem grandes discursos fez. Foi Deputado Constituinte e teve participação ativa na garantia dos direitos dos trabalhadores, mas principalmente dos Sindicatos, garantindo o "status quo". E a Dilma?? Foi Secretária Municipal em Porto Alegre, Secretária de Estado no RS e, depois de trair o PDT para manter o cargo e bandearse para o PT, foi guindada para a esfera Federal, quando o PT ganhou as eleições à Presidência. Tem sido uma boa executiva, mas é só!!! Qual a capacidade de aglutinar forças antagônicas??? Qual a capacidade de negociar politicamente?? Qual a visão sobre mundo que esta mulher tem??? Não adianta olhar pelos olhos do Lula. Lula é Lula, Dilma é Dilma!!! Não venham me acusar de discriminação por se mulher, não é isso!!! Não venham me acusar de ser reacionário, por esta senhora ter participado de um grupo de guerrilheiros que queriam implantar uma forma de governo à qual sou completamente contrário!!! Sou contra porque esta senhora não está PREPARADA para o cargo. É uma marioneta na mão de Lula, e se tirarmos um pouco as vendas dos olhos, poderemos enxergar com claridade. Mas cometi um erro de avaliação. Eu dizia em artigos anteriores que a popularidade de Lula (que beiram os 80%) não colariam em Dilma. Mas pelas últimas pesquisas, e (principalmente) pelas pixotadas que estão sendo cometidas pelo candidato do PSDB e pela campanha do mesmo, a candidata Dilma está numa curva ascendente. E acho, a esta altura, irreversível!!! Prevejo inclusive (e para meu desagrado), que poderá ganhar no primeiro turno. Que tenhamos juízo e critério nesta eleição!!! Luís Genaro É temerário se imiscuir nos assuntos internos de países, principalmente com vizinhos e considerados amigos. Mas não dá para deixar de considerar que o narcotráfico é um assunto (e problema) INTERNACIONAL, na medida que prejudica todas as nações, inclusive o Brasil, e assim deve ser tratado.
O combate ao narcotráfico começa pela produção da coca (matéria prima para as drogas que mais malefícios trazem à saúde), segue pelo tráfico e se conclui no usuário (que muito além de ser vítima, é agente motivador do processo, na medida em que havendo mercado haverá fornecimento). Não podemos pensar num programa nacional ou internacional de combate à drogas, que não considere estas três faces do problema. Deixando uma, realimentamos o processo. Por isso é estranha a atitude do Brasil em relação à Bolívia, e principalmente com relação ao Sr. Evo Morales, que é diretamente ligado aos produtores da planta de coca. Dizer, como afirmou a Sra. Dilma e seus lacaios, que a produção de coca está ligado à cultura tradicional do povo boliviano e que é usada para "consumo interno" (os índios mastigam a planta como medicina)é, no mínimo, um atentado contra a inteligência dos brasileiros. Sabe-se que apenas 3% do que é cultivado vai para o consumo tradicional, os outros 97% são para a formação da pasta da qual deriva a cocaína, posteriormente exportada, principalmente para o Brasil No mundo, a Indústria da Droga movimenta mais de 400 bilhões por ano.Estima-se que existam 180 milhões de usuários de drogas no mundo.No caso da cocaína e da heroína, o preço do produtor ao consumidor é multiplicado por 2.500.Segundo a Organização Mundial de Saúde, a dependência (álcool, tabaco, cocaína, maconha, anfetaminas, e psicotrópicos) consome 10% do produto interno bruto de qualquer economia, em gastos com Hospitais, acidentes de trânsito e no trabalho, com a perda de produtividade. Pesquisas indicam que 22,8% da população no Brasil consome drogas, 49% das escolas estaduais tem problemas com o consumo e o tráfico de drogas segundo pesquisa feita em 5 capitais Brasileiras.20.000 brasileiros morrem a cada ano em decorrência do consumo de entorpecentes ou de crimes relacionados ao tráfico.O Departamento de Investigação sobre entorpecentes ( Denarc), tem mais de 100.000 traficantes fichados em seus Arquivos. As estatísticas indicam que 10% dos presos brasileiros ( 16.000 )são traficantes, percentual que em 94 era de 0,7%.80% dos crimes urbanos cometidos no Brasil têm alguma relação com droga. Em 97, foram assassinados na capital paulista, 247 menores com idades entre 10 e 17 anos, sendo que 80% das mortes estavam relacionadas com a venda e o uso de drogas. O número de viciados em crack, cocaína e maconha na capital paulista chega a 1,6 milhão.Dos 150.000 usuários de Crack em São Paulo, continuam vivos apenas 1.500 por se absterem. O fato é que o principal produto de exportação da Bolívia é o tráfico de coca. Está claro isso para todos, e o Brasil (e todos os países prejudicados) precisam fazer alguma coisa contra esta realidade. Ajudar a Bolívia para que mude a sua matriz de produção, seria uma saída, mas o seu principal líder (e Presidente da Bolívia) não aceita esta hipótese, já que ele próprio, é lider dos cocaleros. Não estaria na hora de iniciar um processo de sanção comercial contra a Bolívia de forma a obrigá-la a deixar de apostar na coca como principal matriz econômica??? Se foi lamentável a declaração do Serra, mais lamentável é as vistas grossas feitas pelo governo brasileiro e pela pré-candidata Dilma, em relação ao caso. Antes de que esqueça: Sabem de que é feito o colar que o nosso Presidente Lula e o Presidente Evo ostentam na foto deste artigo?? De folhas de coca. Sem comentários. Luís Genaro Vamos lá, para entender:
O Brasil participou (intermediou) através do Aiatolá Lula de um acordo fantástico com o Irã. Entendamos o caso: Os EUA colocou a boca no trombone e começou a pressionar o Irã que vinha enriquecendo urânio a 3,5% com o objetivo de, segundo o Tio Sam, construir armamento nuclear. Pressão aqui, pressão acolá, declarações aqui, contra declarações lá, e o Lula achou uma brecha (atalho) para se transformar no "cara" (parafraseando o Obama), e ganhar um destaque internacional que o conduziria a uma posição de destaque para ser o próximo Secretário Geral da ONU (alguma coisa como o Presidente do Mundo). O Brasil para o Sr Lula ficou pequeno. Pois bem, o Sr. Mahmoud Ahmadinejad, permitiu a mediação do nosso Presidente, que pelo resultado passou a ser um "bobo útil". O termo de acordo prevê que o Irã envie a Turquia 1.200 quilos de seu urânio levemente enriquecido (a 3,5%) para ser trocado, no prazo de um ano, por 120 quilos de combustível altamente enriquecido (a 20%), necessário para o reator experimental de Teerã. Isso mesmo, troca-se Urânio enriquecido em 3,5% (que não serve para nada) por urânio enriquecido em 20% que serve sim e se aproxima do % para a construção da Bomba. Fantástico não??? Após a divulgação do acordo, um porta-voz iraniano disse que seu país seguirá enriquecendo urânio a 20% "em seu território", o que põe em dúvida o objetivo puramente civil do programa nuclear de Teerã. O Irã se comprometeu com mediadores do Brasil e da Turquia a enviar parte de seu urânio para ser enriquecido no exterior, em uma aparente concessão sobre seu programa nuclear. O acordo de dez pontos permite ao Irã manter o enriquecimento de urânio a 20%, processo iniciado em fevereiro passado, depois do fracasso da negociação com as potências em Viena. O pacto determina que o Irã envie 1.200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5%, em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% na Rússia ou França --muito abaixo dos 90% necessários para uma bomba. O urânio enriquecido seria devolvido ao Irã em um ano. A troca acontecerá na Turquia, país com proximidades com Ocidente e Irã, e sob supervisão da AIEA e vigilância iraniana e turca. Como diz Reinaldo Azevedo em seu Blog: "Lula é um dos “culpados úteis” dessa história. Ahmadinejad pode festejar. Por quê? Ganhou tempo. A partir de agora, fica mais difícil para os Estados Unidos defenderem as sanções. Parecerá intransigência. Esse é o resultado parcial da entrada de Lula — com a ajuda da Turquia — como ator global: deixar o Irã mais perto da bomba. E, como lembrou Diogo, o nosso Chamberlain voltará coberto de glórias. Aliás, uma frase de Churchill entrou para a história quando os primeiros-ministros da Grã-Bretanha e da França — respectivamente, Chamberlain e Daladier — celebraram o Pacto de Monique com Hitler, em 1938: “Entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra, e terão a guerra”. Luís Genaro |